terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Crítica a mídia

Ótimo vídeo que faz uma crítica a mídia misturando Matrix, Homer Simpson e Globo!
Assista e compartilhe sua opinião.
Até mais

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fim do Consumismo seria a única saída para o planeta

A edição de 2010 do renomado relatório "State Of The World" afirma que sem uma alteração nos hábitos comportamentais e de consumo de nada adiantarão políticas públicas e avanços tecnológicos no combate ao aquecimento global e a outros desafios contemporâneosAs 500 milhões de pessoas mais ricas do mundo, cerca de 7% da população, são responsáveis por 50% das emissões de gases do efeito estufa, enquanto os três bilhões de pessoas mais pobres emitem apenas 6%. Com dados como esse, o relatório “State of the World 2010, Transforming Cultures: From Consumerism to Sustainability", do Worldwatch Institute, publicado nesta terça-feira (12/01), traz como principal mensagem que sem uma mudança cultural que coloque valores sustentáveis acima do consumismo, não há milagre tecnológico ou política pública que resgatem a humanidade de graves problemas climáticos, sociais e ambientais.O relatório chama de consumismo a orientação cultural que leva as pessoas a acharem contentamento, aceitação e significado para as suas vidas através do que possuem e utilizam.“Nós vimos alguns esforços encorajadores nos últimos anos no combate a crise climática. Porém fazer políticas ou mudanças tecnológicas enquanto a cultura segue centrada no consumismo e no crescimento não podem ir muito longe. Para que se consiga um avanço duradouro, é preciso que a sociedade mude sua cultura para que a sustentabilidade vire a norma e o consumo em excesso um tabu”, afirmou Erik Assadourian, diretor do projeto State of the World.Em 2006, a humanidade consumiu US$ 30,5 trilhões em mercadorias e serviços, 28% a mais do que apenas 10 anos antes. O aumento do consumo resultou em um crescimento dramático da extração de recursos naturais. Os norte-americanos, por exemplo, consomem aproximadamente 88 quilos de recursos por dia. Se todos vivessem dessa maneira, a Terra sustentaria 1,4 bilhões de pessoas, apenas um quinto da atual população mundial.“O padrão cultural é a raiz para a convergência sem precedentes de diversos problemas ecológicos e sociais; como as mudanças climáticas, epidemias de obesidade, declínio da biodiversidade, perda das terras cultiváveis e desperdícios de produção”, disse Assadourian. Os 60 autores do relatório apresentam em 26 artigos algumas estratégias que já estão em funcionamento para a reorientação cultural. Algumas abrangem uma visão social do mercado, através da formação de cooperativas de agricultores, por exemplo. Outras avaliam modelos de planejamento familiar e esforços de marketing social. Há ainda a sugestão de que as escolas primárias sejam utilizadas na formação de uma nova cultura, com iniciativas simples como a alteração dos itens da merenda para uma alimentação mais saudável e baseada em produtos locais.“Com o mundo lutando para se recuperar da mais séria crise econômica desde a grande depressão, nós temos uma oportunidade história para nos afastarmos do consumismo. No fim, o instinto de sobrevivência deve triunfar sobre a compulsão do consumo a qualquer custo”, concluiu Christopher Flavin, presidente do Worlwatch Institute.
Fonte:
Site Envolverde - Revista Digital, 13/01/2010
Por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=68211&edt=1

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Desde a Eco 92 para a COP 15, o que mudou?

Um marco importante que trouxe para o cenário mundial as discussões ambientais foi a Eco 92, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro. O seu objetivo principal era buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.
17 anos depois, COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro de 2009, em Copenhague (Dinamarca), foi esperada com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana.
Acompanhe no infográfico abaixo, informações que comparam as pautas de discussões, principais impasses, objetivos, posições dos países, os progressos e os fracassos comparando as duas conferências ambientais.

Infográfico tirado do site da Uol Ciência e Saúde em 18/12/2009 http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/especial/2009/conferencia-clima/ultimas-noticias/2009/12/18/o-que-mudou-desde-a-primeira-grande-conferencia-sobre-o-clima.jhtm


COP 15 – frustração dos resultados é o reflexo dos reais interesses

Foi um final difícil para duas semanas de grande expectativa mundial, a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP 15) chamou a atenção de todos nas últimas semanas. Depois de longas negociações, os chefes de estado chegaram a um acordo fraco em Copenhague que falhou em definir metas de emissão para evitar um aquecimento global catastrófico. O acordo foi mais forte no financiamento porém não é vinculante, e não estabeleceu um prazo para a elaboração do tratado final. Grandes poluidores como a China e os Estados Unidos queriam um acordo fraco, e heróis em potencial, a Europa, Brasil e África do Sul não se esforçaram o bastante para impedi-los.

O que diz o texto final da COP 15:
1. O texto aprovado não tem consenso entre os 192 países. Pouco mais de 30 países aceitaram.
2. Não tem metas de redução dos gases estufa;
3. Define em 2º C o limite máximo de aumento da temperatura;
4. Criação de fundo de U$ 10 bilhões por ano, até 2012; U$ 100 bi até 2020. A partir de 2020, o fundo receberá a cada ano, U$ 100 bilhões;
5. Os países terão suas metas ou planos de ação voluntários, verificados por um sistema que ainda não existe;
6. As negociações prosseguem em 2010, na COP 16, no México.

Não houve metas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa e nenhum compromisso de que todos os países um dia vão assinar o tratado que sucederá o Protocolo de Kyoto. O resultado incompleto de Copenhague demonstra “uma fraqueza inerente” do processo de negociação sobre o meio ambiente da ONU. Esse resultado também tem sido atribuído pela forma de fechamento dos acordos, que prevê o consenso de “todos” os participantes.

Qual foi o papel do Brasil na COP 15?

Segundo Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, apesar do clima de frustração, o Brasil fez sua parte, apresentando “metas ousadas” de emissões evitadas de CO2, entre 36% e 39%, em 2020. Segundo algumas análises, essas metas não são factíveis tendo em vista a postura atual do governo brasileiro.
Associação Brasileira de Celulose e Papel, Camargo Corrêa, Confederação Nacional da Agricultura, Petrobrás, Vale do Rio Doce, União das Indústrias de Cana de Açúcar, Coca-Cola, Natura, Bradesco, Santander, Fiat e Votorantim. Não, isso não é a lista de agressores ao meio ambiente no Brasil, mas algumas das organizações que fizeram parte da Delegação Brasileira da COP 15. A chefia dessa delegação ficou a cargo da ministra-chefe da Casa Civil Dilma Roussef e não o Ministro do Meio Ambiente. Isso dá indícios das intenções reais da delegação brasileira na COP 15 – negociar mais questões comerciais do que climáticas. Segundo o Jornal Brasil de Fato (ano 7, número 355) isso é uma tradição dos governos brasileiros, levar em sua delegação diversas empresas privadas e pouquíssimos representantes da sociedade civil, gerando um desequilíbrio.

Enquanto as questões ambientais não estiverem na posição de “prioridade” nos planos de governo esse tipo de situação se repetirá, como vem se repetindo nas diferentes esferas governamentais.

O Meio Ambiente, como um bem comum e de responsabilidade de todos é tomada muitas vezes para atender os interesses individuais e não da coletividade. A posição de prioridade poderá ser percebida quando a os interesses coletivos se sobrepuserem aos individuais, aí sim estaremos identificando uma “tendência” a real sustentabilidade.
Na sequência, seguem slides que trazem informações sobre as propostas de alguns países que participaram da COP 15. As informações desse slide foram tiradas do infográfico do UOL em 18/12/2009 na fonte http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/12/18/ult4476u44.jhtm