quinta-feira, 7 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Felicidade e Consumo

Estes dias recebi um email com um texto do Frei Beto, e ofereço-o para todos os leitores como um texto reflexivo. Tentemos nos enxergar nessas palavras. Boa leitura...

"Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelo produz felicidade?'

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...'. 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento'. Domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental, três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático. Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!""

Por Frei Beto

*Frei Betto é uma das vozes mais ativas pela justiça social na América Latina. Frade dominicano, Frei Betto foi preso político, e já viveu como ativista entre as classes mais desfavorecidas. É autor de 34 livros, alguns deles best-sellers no Brasil e outros países do continente.

terça-feira, 29 de março de 2011

Flashmobe Ambiental

Uma pessoa deixa propositalmente uma garrafa PET no chão de um shopping em Quebec, província canadense, justamente para testar o nível de consciência ambiental de seus frequentadores.

Após várias pessoas passarem pela garrafa, sem sequer notá-la, uma mulher a recolhe e joga no lixo, sendo saudada pelos participantes do flashmob, que então colocam seus bonés vermelhos para serem identificados.

Uma ação divertida e simples, que pode ajudar a conscientizar muitas pessoas para a questão do lixo. Nesse caso a ação quis chamar atenção para o problema do plástico no mundo.

Dados do vídeo:

- 671 milhões de quilos de plástico são produzidos anualmente em todo o mundo.

- A cada ano, 400 milhões de recipientes não são reciclados em Quebec.

- Existem 18 mil pedaços de plástico boiando em cada km² de oceano.

- 91% dos quebequenses estão preocupados com o meio ambiente. E você?

terça-feira, 1 de março de 2011

Novo Lançamento: BOOK

Pessoal, assistam a este vídeo...
com tanta tecnologia, nada supera a craitividade... uma super novidade....rsrs
vale a pena ver,

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

2011 é o Ano Internacional das Florestas

O ano de 2011 está sendo considerado pela ONU como o “Ano Internacional das Florestas”.
As florestas representam 31% da cobertura terrestre do planeta, servindo de abrigo para 300 milhões de pessoas de todo o mundo e, ainda, garantindo, de forma direta, a sobrevivência de 1,6 bilhões de seres humanos e 80% da biodiversidade terrestre. Por serem tão importantes para o planeta e com o objetivo de alertar todo o mundo para a necessidade de conservá-las a ONU declarou que 2011 será o Ano Internacional das Florestas, uma tentativa de que elas sejam mais preservadas e valorizadas.
A idéia é promover durante os próximos 12 meses ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta , mostrando a todos que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos para o planeta. Entre eles, a perda da biodiversidade, o agravamento das mudanças climáticas, o incentivo a atividades econômicas ilegais, como a caça de animais, o estímulo a assentamentos clandestinos e a ameaça à própria vida humana.
O Brasil, possuidor de grande parte de florestas do mundo, conta com biomas como: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, sendo a Amazônia o de maior extensão, com 49,29% do território brasileiro. (dados do Mapa Biomas do Brasil, IBGE, 2004)
As florestas estão sendo destruídas a uma taxa alarmante para dar lugar a pastagens, plantações, mineração e expansão de áreas urbanas. Com isso estamos destruindo nossa própria capacidade de sobreviver, pois além dos serviços vitais para os humanos, as florestas têm potencial econômico, de prevenção de erosão e, ainda, de absorção do carbono, gás que contribui para o aquecimento global.
Para o fornecimento de água, elas também são essenciais. Cerca de três quartos da água doce acessível do mundo vêm de vertentes florestais. Além disso, dois terços de todas as maiores cidades de países em desenvolvimento dependem de uma floresta em sua proximidade para o suprimento de água limpa. Ainda chamamos a atenção para a contribuição das florestas para a estabilização do clima.
A representação de 2011 como o Ano Internacional das Florestas coloca no foco da discussão de todo o mundo, desde os cidadãos, a mídia, até os agentes de políticas públicas para proteger as florestas, ou fazendo-se cumprir as legislações, ou criando novos instrumentos assumindo uma responsabilidade que é de todos.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Curiosidades sobre o ano de 2011

Sempre gostei muito do número 11. Segundo a numerologia, meu numero é 8, mas minha relação com o número 11 sempre foi muito forte, eu o escolhi... sendo assim na verdade o 11 é o meu número.
As curiosidades sobre o ano de 2011 são incriveis, leiam e confiram!

Este ano teremos 4 datas muito fora do comum... 1/1/11, 1/11/11, 11/1/11, 11/11/11 ...
AGORA tente entender isto.... separe os 2 últimos números do ano em que você nasceu
e some com o número da idade que você fará êste ano... O TOTAL SERÁ 111...
POR EXEMPLO: nasci em 1940 (os 2 últimos dígitos: 40 )
Mais a idade de meu próximo aniversário: 71
40 + 71 = 111
AGORA TENTE VOCÊ.... NÃO DÁ PRA ENTENDER, NÃO É MESMO.,,.,.
MISTERIO????
bacana né?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Chuvas de janeiro

As chuvas intensas têm sido a principal característica do início do mês de Janeiro dos últimos anos. Infelizmente este ano não foi diferente, em várias regiões do Brasil a chuva intensa tem castigado muitas cidades, e em Bragança Paulista isso não tem sido diferente.
Ruas, casas e comércios invadidos pela água da chuva, somada a água dos ribeirões e do Rio Jaguary. Na semana passada estive ajudando amigos residentes na Av. José Gomes da Rocha Leal a contabilizar as perdas e fazer a limpeza dos espaços que foram invadidos pelo ribeirão Lavapés.
Os por quês dos problemas relacionados às enchentes não podem ser vistos de maneira simplistas, considerando um ou outro motivo, trata-se de uma conjunção de fatores.
Em primeiro lugar está o grande volume de chuvas que tem caído em nossa região, esse é um dos principais fatores, mas não está sozinho. O uso e ocupação do solo de forma irregular é um fator de interferência direta que acompanha uma boa dose de história, uma história que se repete na grande maioria das cidades brasileiras: a falta de planejamento e de visão do todo. Impermeabilização de áreas, desmatamento, lixo, assoreamentos são exemplos da falta de entendimento do todo quando deve-se consider causas e consequências.
As cheias do Rio Jaguary também devem ter nossa atenção. Sabemos de todos os impactos históricos da construção da barragem da Sabesp, que faz parte do Sistema Cantareira, como a diminuição da vazão e consequentemente as mudanças na estrutura física das margens, assim como impactos sócio-econômicos. A abertura das comportas tem um impacto bastante significativo, e ao analisarmos os números conseguimos ter a proporção dos impactos: a vazão normal do Rio Jaguary na saída da barragem seguia uma média de 2,5 m3 /s; na semana passada estava em 40 m3 /s, hoje está em 80 m3 /s. A título de informação, 1 m3 equivale a 1000 litros.
Uma das chaves disso tudo isso está numa expectativa de “estabilidade”, que nós seres humanos temos, é uma falsa ideia de constância pois em um planeta tão dinâmico como a Terra, temos que estar preparados para o desconhecido, ou simplesmente, para o esquecido.